quarta-feira, 15 de junho de 2011

O emprego dos sonhos

Sim, faz tempo que eu não posto. Eu poderia começar o post falando disso (como estou agora), falar que os dias andam cheio, que é uma correria (esta por acaso é a desculpa numero um (se nao praticamente a unica) de todos os blogueiros do mundo que ficam um tempo sem postar)). Mas, se eu perder tempo falando nisso, supondo que eu tenha um tempo delimitado (de 0 a t (com t em segundos (SI rules =D))), ou a parte que interessa do meu post fica menor (ja que perco tempo com essa introdução) ou eu vou ter que postar outro dia (já que o meu tempo neste dia é delimitado). Logo, vou parar de falar sobre fazer tempo que eu não posto.

Na verdade, isso tudo faz pouco sentido, ja que se eu tivesse optado pela solução trivial (Jacques aprova esta frase), dizendo que os dias andam cheio e blá blá blá eu perderia menos tempo. Logo, perdi mais tempo para supostamente perder menos tempo. E quanto mais eu falar sobre perder tempo mais eu perco tempo.

Bom, chega desse paradoxo.

Vamos agora, enfim, ao post.

O post, como dá pra ver pelo titulo, é sobre o emprego dos sonhos. É aquela tipica coisa que todo mundo, até quem é surdo, já ouviu : "O importante é trabalhar/fazer algo que goste, porque se for assim tudo dará certo" (e por aí vai).

Essa frase (a proposito odeio tipo de frase (falarei mais em algum próximo post)), que tudo mundo concorda e parece não encontrar o problema, sempre me fez pensar uma coisa. Essa frase não serve pra todos. Na verdade, essa frase serve APENAS PARA UMA MINORIA.

Concordo que tendo a opção de trabalhar é melhor escolher o que gosta, claro. Agora, quantos trabalhos existem que podem ser gostados? E quantos trabalhos existem que não tem como ser gostados?

Pra mim, os trabalhos não gostados são incrivelmente mais numerosos. Por exemplo, ser um atleta ,trabalhar na televisão, ser caminhoneiro, ser médico são trabalhos que podem ser gostados, isto é, tem gente que gosta deste tipo de coisa. Agora, eu não imagino alguém que goste de ser lixeiro, motorista de caminhão de lixo, limpador de banheiro de shopping, separador de cenoura e outros tantos trabalhos mecânicos.

Tá, talvez exista umas poucas pessoas no mundo que gostem deste tipo de coisa, mas com certeza esse número não é o mesmo de pessoas exigidas para fazer estas coisas. Talvez, muito remotamente, exista alguém que sonhe, desde pequeno, em ser instalador de piscinas, mas eu tenho certeza absoluta que a quantidade de pessoas que sonham ísto é muito muito muito ... muito menor que o número efetivo de instaladores de piscina.

A quantidade de pessoas que trabalham em certos trabalhos não é definida pelo número de pessoas que querem trabalhar em tais coisas, e sim pela sociedade.

Tomando um exemplo tosco, se é preciso mil médicos e duzentos lixeiros, e as mil e duzentas pessoas quiserem virarm médicos (ou lixeiros) não vai adiantar, algumas vâo ter que fazer o que não gostam. Se nesse exemplo já deu pra ver como é impossível todos fazerem apenas o que gostam, imagine numa sociedade como a nossa, onde há um número absurdo de empregos diferentes e de pessoas com gostos variados. Nem se uma super mega uber inteligencia superior definisse o que cada um de nós gostaria de fazer sendo exatamente igual a exigência da sociedade, nem mesmo assim daria certo, afinal passaria um tempo e as exigências mudaram.

Tudo bem falar que devemos fazer o que gostamos, agora não me venham falar que TODOS deveriam seguir isto ou que o mundo seria muito melhor se todos fizessem o que gostam. Isso é simplesmente impossível.

Agora chegamos num momento dificil. Começar o post, embora as vezes seja dificil, é algo que eu realmente goste (ainda mais quando começo com algo nada a ver com o post em si (o que acontece em praticamente (mas não exatamente) todas as vezes)). O dificil é terminar um post.

Realmente dificil.

Pelo visto, dá pra ver que quero terminar este. Não tenho mais o que falar sem me tornar repetitivo. Por isso, este é o fim.

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